30 de novembro de 2007

Samba feito no Rio para todo o Brasil

POR CLAUDIA SILVEIRA

O Rio de Janeiro ficou pequeno para a sambista Teresa Cristina e o Grupo Semente, que a acompanha. A artista _que tem no boêmio bairro carioca da Lapa o seu reduto_ quer conquistar o Brasil com o seu quarto álbum, “Delicada”, o primeiro lançado por uma grande gravadora, a EMI.

“Acredito que, com uma melhor distribuição, as pessoas que não conhecem o meu trabalho terão a oportunidade de me ouvir, sobretudo no interior do Brasil.”

O novo CD é samba do começo ao fim e vem em um momento de consolidação da carreira da artista. “Esse é um disco que tem um lado autoral muito grande. Quase metade dele é assim”, diz Teresa. A primeira faixa, “Cantar”, é um exemplo: a sambista manda um recado aos que a criticavam por fechar os olhos enquanto cantava.

“Tentei responder com uma música, sem soar grosseira”, revela a cantora, que está entre os mais expressivos novos nomes do samba carioca.

“Delicada” também traz regravações de Paulinho da Viola e de Caetano Veloso e abre espaço para a participação em destaque dos parceiros do Grupo Semente. As faixas “Quebranto” e “Rosa Maria” são cantadas por Pedrinho Miranda, que toca pandeiro; e o percussionista Trambique canta “Jura”.

Teresa e o Grupo Semente estréiam, na próxima quinta-feira, temporada de duas semanas no Teatro Fecap. A cantora não esconde a inquietação. “Estou ansiosa para lançar esse disco logo. Chega novembro, mas não chega outubro!”, brinca.

Quem não puder conferir o talento de Teresa Cristina ao vivo pode chamar os amigos e providenciar uma feijoada para ouvir “Delicada” no quintal. A festa está garantida.

Serviço: Teresa Cristina e Grupo Semente. De 4 a 7 e de 11 a 14 de outubro, às 21h (de quinta a sábado) e às 19h (domingo). No Teatro Fecap (av. Liberdade, 532, tel. 0/xx/11 3089-6999). Preços: de R$ 10 a R$ 40.

Reportagem publicada na Revista da Hora do dia 30/09/07

Chás devem ser dados com moderação a crianças


POR CLAUDIA SILVEIRA

Por ser considerado uma bebida inofensiva, o chá é queridinho das mães que começam a introduzir novos alimentos na dieta dos seus bebês. Mas não é qualquer chá que pode ser oferecido às crianças. “Os chás preto e mate não são recomendados por conterem cafeína, que é estimulante”, alerta a nutricionista Ariane Nadólskis Severine, do hospital Albert Einstein.

A preocupação sobre qual chá dar ao bebê deve vir acompanhada de quando ele pode ser introduzido na alimentação. “Até os seis meses de idade a criança não necessita de nenhum alimento exceto o leite materno”, diz Ariane. O alimento, orienta a nutricionista, é suficiente para suprir as necessidades nutricionais da criança, inclusive a sede. Por isso, nenhum outro líquido é necessário.

É somente depois do sexto mês, quando outros alimentos começam a ser incluídos na dieta da criança, que o chá está liberado, mas deve ser dado com muita moderação.

E mesmo sendo liberado, ele não é o líquido mais indicado para matar a sede do bebê. Segundo a pediatra Roseli Sarni, da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) o melhor é oferecer água, e ela deve ser a mais limpa possível, seja filtrada ou fervida.

“Quando a criança começa a ingerir outros alimentos além do leite materno, ela precisa beber água porque o líquido ajuda a deixar as fezes mais macias”, esclarece Roseli. "Precisamos ter atenção ao oferecer líquidos às crianças, pois, com freqüência, observamos rejeição à água e preferência por líquidos adoçados. Por isso, a água deve sempre ser a primeira escolha na hora de hidratar a criança”, complementa a nutricionista Ariane.


Saiba mais:

Quais chás posso dar ao meu filho?
Crianças podem tomar chá de erva-cidreira, capim-santo, camomila e erva-doce. Ele deve estar bem diluído e em temperatura ambiente ou morno.

Posso adoçar o chá que eu for dar ao meu filho?
Não. Durante os primeiros anos de vida, a criança está formando os seus hábitos alimentares, e adoçar o chá pode fazê-la associar matar a sede a líquidos adocicados. Não use açúcar nem mel.

Além do preto e do mate, existe algum outro chá que não devo dar ao meu filho?
Sim. O chá verde possui polifenóis, antioxidades que fazem sucesso entre os adultos que buscam uma vida saudável. Porém, essas substância dificultam a absorção de cálcio e de ferro, dois minerais imprescindíveis para o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes. Por isso, o chá verde deve ser consumido preferencialmente pelos adultos. A bebida industrializada também não é recomendada.

Meu filho tem mais de seis meses e eu continuo dando apenas o leite materno. Posso introduzir o chá aos poucos?
Sim. A oferta dos chás também pode ser feita após os seis meses para as crianças em aleitamento materno exclusivo, mas não dá para esquecer da água.

Reportagem publicada na Revista da Hora do dia 25/11/07

28 de novembro de 2007

Fim da linha sem estresse

POR CLAUDIA SILVEIRA

Seria bom se o “até que a morte os separe” funcionasse para determinar a duração de um casamento. Mas, como essa regra não existe, e não há separações sem o mínimo de turbulência, é preciso ao menos ter boas maneiras, respeito pelo outro e consciência de que o momento é muito delicado para toda a família, tenha ela filhos ou não.

Os rompimentos, principalmente a separação conjugal, são considerados pela maioria dos especialistas em relacionamentos amorosos a segunda experiência emocional que mais leva à depressão. A primeira é a morte de pessoas próximas e queridas.

“Muitas separações conseguem reduzir a eficiência do sistema imunológico e predispor quadros de surtos emocionais, ainda que transitórios”, afirma o psicólogo Thiago de Almeida, autor do livro “Ciúme e Suas Conseqüências para os Relacionamentos Amorosos” (editora Certa).

Segundo Almeida, dificilmente alguém consegue se manter ileso a uma experiência de separação conjugal. “Mesmo quando se identifica um alívio com o fim do relacionamento, essa sensação vem intercalada de sentimentos de perda, vazio e desespero”, descreve.

E, já que o casal está longe de se sentir feliz, talvez seja melhor tentar prolongar a união antes de romper de vez. Para o psicólogo, vale a pena o casal reinvestir nas idéias, nas expectativas e nos valores que levaram os dois a ficar junto. Almeida alerta para a tendência de querer se separar logo que surge uma discussão mais séria ou quando o relacionamento dá sinais de desgastes.

“Um relacionamento não acaba de uma hora para a outra. Se está ruim, é preciso fazer alguma coisa, não necessariamente se separar”, orienta Margareth dos Reis, terapeuta sexual e de casais do Instituto H. Ellis.

A sugestão da psicóloga é rever constantemente o casamento. “Aquilo que o casal entendia como afinidade no começo da união precisa ser adaptado ao longo da convivência. As pessoas mudam, vêm os filhos, troca-se de emprego e até de cidade”, ressalta. “Mas é importante ter consciência do que deve ser preservado”.

Quando não dá mais

Mas, se todas as tentativas falham e o casal constata que não há mais condições de permanecer junto, é hora de dar início à separação. O doloroso período começa com um dos dois saindo de casa, deixando para trás uma história de parceria.

“Mesmo que não exista mais amor de homem e mulher, é um período bastante doloroso para todos”, observa Margareth. “A separação é o fim da sociedade conjugal, é o rompimento da vida sob o mesmo teto e o término do regime de bens”, explica Adriano Ryba, advogado especialista em causas de família e herança.

Ao se separar, o casal dá início à primeira de várias etapas que levam ao divórcio. “A separação é apenas uma das muitas decisões que serão tomadas no período. Somente ela não quer dizer que tudo acabou e que os dois são completamente livres”, esclarece a psicóloga Margareth.

“Quando um casal mora junto e decide acabar com a união, ele só pode se separar. Depois de um ano morando em casas diferentes, o casal pode se divorciar, exigência para que os dois possam se casar legalmente com outras pessoas”, esclarece Ryba.

Quando o casal já não mora junto há dois anos ou mais, o divórcio pode ser feito diretamente, afinal, os dois já deram fim à união há muito tempo. Tudo fica muito mais fácil quando há consenso entre o ex-casal: os dois podem decidir juntos como será a partilha e economizar dinheiro contratando o mesmo advogado.

Na separação amigável, todos saem ganhando. Os filhos verão que os pais continuam se respeitando e até os amigos ficarão mais felizes por não ter de ouvir um falando mal do outro constantemente.

“Na hora de fazer o acordo, é preciso que os dois sejam justos e honestos para que ninguém se arrependa depois”, orienta o advogado Luiz Fernando Gevaerd, autor do livro “O Guia do Bom Divórcio: Quando o Amor Acaba na Justiça” (Atlântica Editora).

Mas não adianta se iludir, divórcio bom não existe. O problema fica ainda pior quando uma das partes não concorda com o que a outra quer e parte para a guerra. Aí, tem início o divórcio litigioso, com um desgaste maior tanto emocional quanto financeiro. O que era ruim se torna infernal. Nesses casos, é o juiz quem decide com quem fica a guarda dos filhos, a agenda de visitas e o valor da pensão alimentícia.

Depois de algum tempo de divórcio, se alguma das partes se sentir injustiçada por ficar pouco tempo com os filhos ou a pensão alimentícia passar a ser insuficiente, há como pedir uma revisão das cláusulas do divórcio. “Mas é importante ter consciência de que a pensão é estabelecida de acordo com as necessidades de quem pede e as condições de quem paga”, adianta Gevaerd.

Como no casamento, não dá para pedir mais do que o outro pode dar. Mas ajuda bastante abusar da civilidade para ter uma vida pré, pós e durante o divórcio o menos traumatizante possível. A partir daí, é respirar fundo, recuperar o fôlego e a auto-estima.

Pais devem preservar os filhos da instabilidade gerada pelo divórcio

Se o processo de separação já é difícil para os adultos, quem dirá para os filhos. Seja por ingenuidade ou por estar no meio da turbulência, muitas vezes, o casal não consegue diferenciar pai e mãe de homem e mulher.

O ideal é preservá-los, independentemente da idade que tenham, e evitar que eles presenciem brigas ou sejam alvo de chantagens. “Jogos emocionais são a pior coisa que um pai ou uma mãe podem fazer”, alerta a psicóloga Sandra Dias, doutora em psicologia clínica e professora da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).

A psicóloga afirma que um pai falar mal da mãe para os filhos ou vice-versa também não é uma conduta indicada. “A criança pode até aderir à causa de um dos pais para sair do conflito, mas isso é dilacerante para ela e pode trazer conseqüências no futuro”.

Como pais, os dois devem ter compromisso com a saúde física e mental dos filhos, que esperam ser amados, independentemente do fim do relacionamento conjugal. Pode parecer improvável, mas, em alguns casos, cada um ir para um lado pode fazer bem aos filhos. “Se o pai e a mãe brigam constantemente e põem a criança no meio, a separação trará alívio para todos”, afirma Sandra.

De acordo com a psicóloga, outra condição em que o divórcio deve ser feito de qualquer jeito é quando um dos pais é prejudicial à formação ou representa perigo físico ou psicológico ao outro. “Nesses casos, é melhor que os dois se separarem mesmo”, diz.

Crises não precisam terminar em divórcio

Administrar um casamento não é fácil mesmo. Principalmente quando os dois estão passando por uma crise que parece não ter fim. Na hora do desespero, é impossível não achar que o divórcio é a única saída.

Mas, antes de tomar uma decisão precipitada, o casal pode testar o casamento tirando férias conjugais, por exemplo. “Nessa hora, toda iniciativa é positiva se for de comum acordo”, afirma a psicóloga e terapeuta sexual Margareth dos Reis. Mas é bom não esquecer que essa folga tem data para terminar.

Se quando voltarem, os dois tiverem um monte de novidades para pôr em dia e quiserem ficar a sós para matar a saudade, bingo! Foram feitos um para o outro.


Especialistas ajudam a identificar problemas no relacionamento

Vocês já chegaram ao consenso de que o casamento está por um fio. Também já conversaram sobre divórcio e sabem que existe a possibilidade de cada um ir para o seu lado, mas ainda resistem em aceitar que o amor acabou e que os planos para o futuro terão de ser desfeitos.

Antes de assinar os papéis, há uma infinidade de “segundas chances” ao relacionamento. Uma delas é a terapia de casal. “A ajuda profissional pode ser muito importante porque o casal se perde no meio de todo o processo. Se os dois tiverem disposição para fazer terapia juntos, ótimo”, avalia a psicóloga Margareth dos Reis.

Quando estiverem juntos em casa, pratiquem alguns rituais de aproximação. O escritor William J. Doherty sugere em seu livro “Resgate o seu Casamento” (Versus Editora), começar tirando a televisão do quarto e dando um descanso ao aparelho da sala.

“Passem um tempo maior de descanso juntos. Voltem a namorar. Saiam para um programa espontâneo ou planejem um agora mesmo”, sugere o autor.

Buscar apoio dos amigos e de outros casais que passaram pela mesma situação, deram a volta por cima e seguem mais felizes do que nunca também ajuda.

Atores deixaram filho de fora da separação

A atriz Nívea Stelmann está divorciada do ator Mário Frias há mais de dois anos, mas o ex-casal convive numa boa, graças ao filho dos dois, Miguel, que tem três anos. “Nós temos uma relação ótima, e eu me dou muito bem com a atual namorada do Mário”, conta Nívea.

Para a atriz, o que tornou o processo de divórcio menos traumatizante para todos, principalmente para a criança, foi sair do olho do furacão e “olhar a situação por cima”. Depois que o período de turbulência passou, ficou a amizade.

“Dá uma sensação de fracasso horrível, mas na época pensei: ‘Não sou a primeira nem serei a última mulher a fazer isso’. Também nos preocupamos em não envolver o nosso filho na crise”, conta Nívea, que está casada de novo e “pela última vez”, comemora.

Casal colocou o filho em primeiro lugar

Quando o casamento do empresário Paulo Mercatto, 50 anos, com a professora de mandarim Teresa Hsu Yeng Ting, 45 anos, chegou ao fim, o filho deles, Georg, 11 anos, era apenas um bebezinho.

Desde então, os dois deixaram de lado os desentendimentos de homem e mulher para que prevalecesse a harmonia entre pai e mãe. “Nós tentamos preservar a integridade do nosso filho porque ele não tinha nada a ver com os nossos problemas”, conta Teresa.

Assim, Georg foi morar com o pai para ficar mais perto da escola escolhida pelos dois. A guarda é compartilhada, e o menino tem a liberdade de passar uma noite com a mãe, por exemplo, caso a saudade fique muito forte.

“Tudo o que envolve nosso filho é escolhido em comum. Não é saudável fazer uma disputa sobre quem tem mais poder de decisão sobre a criança”, diz a mãe. Com harmonia, todos saem ganhando. “O amor não tem hora marcada. Não dá para prever com antecedência quando um pai quer ver o filho”, filosofa Mercatto.

Para atriz, diálogo evita desentendimentos

O casamento da atriz Guilhermina Guinle com o ator José Wilker terminou em meados de dezembro do ano passado, mas o fim da união só veio a público em fevereiro deste ano.

De lá para cá, a separação da atriz foi notícia mesmo quando os dois não estavam mais juntos há meses. Tudo porque a bela assumia que continuava amiga do ex, o que desmentia os boatos de que os ex-pombinhos poderiam estar se reconciliando.

“Qualquer relacionamento meu é com muito diálogo, em qualquer fase que ele esteja. Acredito que é preciso existir uma boa comunicação entre os dois, não importa se um dos dois quer seguir um rumo diferente”, diz Guilhermina.

Ex-marido é exemplo para divorciada

Foi a diretora de escola Ademilda Ancelmo de Oliveira, 42 anos, quem pediu o divórcio, há quatro anos.

“O processo de separação foi tranqüilo, tirando o tumulto emocional e o fato de termos dois filhos juntos. No início, o meu ex-marido também não queria se separar”, conta. Atualmente, com a separação estabelecida e com cada um vivendo a sua vida, Ademilda tem o ex-marido como um exemplo.

"Todos os homens que se separam deviam ser como ele, que nunca foi contra a minha vontade. Quando ele percebeu que não tinha mais volta, respeitou minha decisão e saiu de casa”, relembra. Hoje, eles convivem em harmonia, “respeitando os limites do bom senso”.

Consultor já se divorciou duas vezes

O consultor de vendas Leandro Trigo, 32 anos, já se divorciou duas vezes e diz se dar bem com as ex-mulheres, principalmente com a primeira, com quem ficou casado três anos e tem um filho de nove. “Eu acredito no casamento, por isso fiquei meio frustrado”, revela o jovem, que está recém-divorciado. Sua segunda união durou dois anos.

Trigo conta que sofreu nas duas separações. “Abrir mão de uma pessoa é complicado para o ser humano por causa do sentimento de posse. Mas, em um relacionamento, a gente sabe que os dois têm de estar felizes. Quando um percebe que não está mais feliz, não pode conviver com a tristeza e achar que é algo normal”, filosofa.

O consultor diz que tem a consciência tranqüila, principalmente com o fim do segundo casamento. “A gente tentou de várias maneiras dar certo. Fizemos terapia de grupo e individual, tentamos uma segunda lua-de-mel, mas não deu”, lamenta.

Reportagem publicada na Revista da Hora do dia 23/10/07

De soldado do Bope a engenheiro em novela

POR CLAUDIA SILVEIRA

O ator Caio Junqueira, 30 anos, tem 22 de profissão, mas poucas vezes um personagem seu teve tanta repercussão como o soldado Neto, o “aspira” do filme “Tropa de Elite”, em cartaz nos cinemas. O caminho para “Tropa” foi longo. Mesmo com mais de dez longas no currículo, entre eles “Central do Brasil” (1998), Junqueira teve de se submeter a testes de seleção para a obra.

De início, ele faria um papel secundário, mas a forte vontade de viver o soldado Neto, não o fez desistir de buscar uma chance para fazer outro teste. “Fiz um gol aos 45 minutos do segundo tempo”, brinca o ator.

Com o personagem definido, Junqueira deu início ao treinamento do Bope (Batalhão de Operações Especiais), conhecido pela rigidez e pelo alto índice de desclassificação dos candidatos. “Não era o curso oficial, mas também não foi aliviado porque éramos atores. A regra era a mesma: quem não agüentasse estava fora, como é na realidade. Passamos por muita pressão psicológica e física”.

Junqueira já sente o sucesso do seu personagem. “Nunca tive uma receptividade tão bacana da população, principalmente do Rio de Janeiro [cidade onde se passa o filme]”.

Missão cumprida com “Tropa de Elite”, é a vez do ator se entregar ao novo trabalho: a próxima novela das seis da Globo, “Desejo Proibido”, ambientada nos anos 30 e prevista para estrear em novembro.


“Meu personagem, Gaspar, é um engenheiro progressista de São Paulo que é convidado para construir uma estrada de ferro para ligar Minas Gerais a Goiás”, conta. No meio do caminho da obra, há uma gruta com a imagem de uma santa que é adorada por todos.

“Gaspar vai ter um monte de problemas por causa disso”, adianta. Os romances também darão o que falar. “Como ele é de uma cidade grande, as meninas vão se interessar por ele”. Até agora, diz o ator, não se sabe se Gaspar está mais para vilão do que para mocinho. “Talvez ele seja mesmo um vilão sedutor”, despista.

Reportagem publicada na Revista da Hora do dia 14/10/07

27 de novembro de 2007

A vilã mais bela da TV


POR CLAUDIA SILVEIRA

É impossível olhar para Fiorella Mattheis e não ficar admirado com a beleza da jovem de 19 anos. Nascida em Petrópolis, no Rio de Janeiro, ela está se destacando em sua estréia como atriz, interpretando a ambiciosa Vivian, em “Malhação” (Globo). Já como modelo, a bagagem da bela está lotada de campanhas publicitárias no Brasil e no exterior, passando por Japão, Inglaterra, Alemanha e até Grécia.

Mas foi no final do ano passado que a vida profissional da jovem virou as costas para o exterior e mudou de rumo. “Eu tinha voltado para o Brasil para passar as festas de fim de ano com a minha família e iria embora somente depois de comemorar o meu aniversário [10 de fevereiro]”, lembra. Nessa época, ela recebeu o convite para apresentar o programa sobre esportes radicais “Rolé”, do canal pago SporTV.

“Adorava o programa porque era tudo muito natural e tinha a liberdade de fazer esportes, que eu adoro”, conta Fiorella. Mas não era como apresentadora que a bela passaria a ser conhecida e conquistaria fãs em todo o Brasil.

Em um dia que estava livre das gravações do “Rolé”, Fiorella se programou para ir ao Projac (local de gravação das novelas da Globo, no Rio de Janeiro) para fazer um cadastro como atriz. Antes de ir embora, ela resolveu dar uma paradinha na praça de alimentação com a mãe.

Foi quando o diretor Ricardo Waddington bateu o olho na menina e a chamou na hora para integrar o elenco da nova temporada “Malhação” que estava por vir. Fiorella ainda soltou um “mas eu não sou atriz, vim só fazer um cadastro”, mas não fez o diretor mudar de idéia. “Menos de um mês depois, eu já estava gravando”, conta.


Como a jovem não tinha experiência com atuação e também faltava tempo para se preparar melhor, a atriz foi colocando em prática o que acabava de aprender com a preparadora de elenco da Globo.

Não precisou de muito tempo para Fiorella mostrar que tinha talento e conseguia se sair bem diante das câmeras. “No início, foi muito difícil, mas eu fui aprendendo aos poucos e vejo que, hoje, não tem como comparar [com as primeiras cenas gravadas]”.

Para fazer bonito, a atriz tem pegado no batente de segunda a sábado e estudado os textos com a preparadora de elenco, mesmo quando está livre das gravações. “Pelo retorno das pessoas, vejo que o resultado tem sido bom. Afinal, tenho vivido para ‘Malhação’”, conta a jovem, que está orgulhosa de estrear na pele de uma vilã.

“Nunca tive outro papel, mas acredito que esse é o mais interessante de se fazer”. E, quando consegue se desligar do trabalho, Fiorella conta que corre ao menos três vezes por semana, joga tênis e pratica ioga, revelando o seu segredo de beleza.

Reportagem publicada na Revista da Hora do dia 16/09/07

O artista queridinho das celebridades

POR CLAUDIA SILVEIRA

Imagine ouvir o telefone tocar e, ao atender a ligação, ouvir a voz de Giovanna Antonelli, Taís Araújo ou Susana Vieira. Para o maquiador e fotógrafo paulista Fernando Torquatto, 37 anos, isso não é novidade, já que ele é o profissional queridinho das estrelas. E, de tão querido, vira amigo da maioria delas. Torquatto não é ator, mas se sente em casa no meio artístico.

Durante a adolescência, ele fez vários trabalhos como modelo e adorava o clima nos bastidores dos desfiles, principalmente o corre-corre da maquiagem. Nessa época, ele queria mesmo era atuar, tanto que fez curso de teatro. Mas foi enquanto cursava a faculdade de programação visual que ele descobriu uma de suas paixões: a fotografia.

“Na faculdade, enquanto os outros grupos fotografavam objetos, eu pegava algumas pessoas bonitas, maquiava e fazia as fotos”, conta Torquatto. Nesse período, ele foi convidado para fazer a maquiagem de seu primeiro comercial. A partir daí, a programação visual foi dando espaço a sombras e batons.

Torquatto já fez a maquiagem da abertura do “Fantástico”, da Globo, e foi coordenador de visual das novelas “Da Cor do Pecado” (2004) e “Belíssima” (2005), da mesma emissora.

Mas aliar maquiagem e fotografia não foi fácil. Não pelo acúmulo de trabalho, mas pelo olhar torto de alguns profissionais. “No começo, sofri tanto preconceito que usei um pseudônimo para não ser prejudicado”, conta. Hoje, tantas habilidades passaram a ser o seu diferencial.

“Gente para mim é paisagem”, afirma. E foi para “mostrar a essência da beleza” que Torquatto fotografou doze celebridades nuas para a exposição “Síntese”, que ficou em cartaz na capital paulista no ano passado.

Além de Carolina Dieckmann, tiraram a roupa para ele Camila Pitanga e Reynaldo Gianecchini, entre outros. “Foi um sucesso, eles adoraram ter feito [as fotos]”, conta um dos raros fotógrafos que conquistam a confiança de tantas celebridades.

Mas não são apenas para os famosos que os seus olhos estão voltados. “Faço questão de fazer gente nova ser descoberta. Se vejo potencial em uma pessoa, eu invisto nela”, conta o maquiador, que acabou revelando o desejo íntimo de criar um projeto social para revelar talentos.

Enquanto seu desejo não se realiza, a lista de amizades cresce. Um dia antes de dar entrevista para a Revista da Hora, Torquatto tinha conquistado a Miss Brasil Natália Guimarães, após maquiá-la e fotografá-la para a sua coluna na revista “Quem”. “Ela disse que, se um dia ela se casar, sou eu quem vai fazer a maquiagem dela”.

Reportagem publicada na Revista da Hora do dia 23/09/07

Cantor dominicano de olho no Brasil

POR CLAUDIA SILVEIRA

Na segunda quinzena de outubro, o Brasil vai ganhar um presente do cantor dominicano Juan Luis Guerra. Para agradar ao público que fala português, o artista convidou as cantoras Daniela Mercury e Tânia Mara para fazerem duetos especiais em duas canções que serão incluídas na edição brasileira do seu novo álbum, “La Llave de Mi Corazón”.

Para quem acha que o nome Juan Luis Guerra é novo por aqui, o cantor já teve dois hits que bombaram nas rádios nos anos 90: a dançante “La Bilirrubina” e a romântica “Bachata Rosa”, que foi traduzida para o português, ganhou o nome de “Romance Rosa” e fez parte da trilha sonora da novela “De Corpo e Alma” (1992), da Globo.

“Estive no Brasil há quase 15 anos e queria muito voltar para promover mais o meu trabalho. Acho que estamos em uma boa época para isso: meu disco tem muitos elementos novos, um pouco de hip hop e de pop, sem perder a sonoridade caribenha da minha música. Acho que essas cantoras vão dar um brilho especial ao projeto no Brasil”, justifica Guerra.


A faixa “La Travessia” ganhou uma versão em português e a participação de Daniela Mercury. “Conheço [a cantora] desde 1993. Eu tinha uma rádio em Santo Domingo [capital da República Dominicana], e ela foi até lá para promover um disco. Desde então, acompanho o trabalho dela, e nós já nos encontramos outras vezes. Como a música é um merengue, achei que tinha a ver com Daniela”.

Já Tânia Mara entrou na faixa “Que me Des Tu Cariño” depois que Guerra recebeu o material dela por meio da sua gravadora, a EMI. “Achei a voz [dela] muito doce, muito bonita”, diz o artista, que a chamou para dividir o bolero.

As gravações dos dois duetos aconteceram, na semana passada, em um estúdio da capital paulista. Terminados os trabalhos por aqui, Guerra seguiu para o Rio de Janeiro para participar do projeto “Cidade do Samba”, do selo Zecapagodiscos, do cantor Zeca Pagodinho.

Na ocasião, ele gravou uma parceria com a cantora Ivete Sangalo. Antes mesmo de encontrá-la, Guerra não escondia a empolgação. “Não a conheço pessoalmente, mas estou muito feliz por essa oportunidade. Vamos inventar um ‘sambamerengue’ juntos”, brincou.

O álbum “La Llave de Mi Corazón” ainda está no forno, acertando o ponto de cozimento de ritmos caribenhos, como merengue, salsa e mambo. Mas Guerra já está confiante quanto ao sucesso que suas músicas devem fazer em terras brasileiras.

“É um álbum muito romântico, mesmo quando canto merengues e ritmos mais dançantes, e a música brasileira sempre foi romântica. Esse lado dançante se parece muito com os ritmos daqui”. A única certeza é que o álbum não vai deixar ninguém ficar parado, seja em português ou espanhol.

Reportagem publicada na Revista da Hora do dia 09/09/07

Cuide bem da sua mordida

POR CLAUDIA SILVEIRA

A farta variedade de cremes dentais nas prateleiras dos supermercados pode gerar dúvidas na hora de escolher qual produto levar para casa, principalmente por causa da grande diferença de preço. A compra fica muito mais fácil se o consumidor souber o que está procurando: um produto anticárie, antitártaro ou dessensibilizante.

“Os mais caros são indicados para consumidores específicos. Às vezes, a pessoa compra um creme dental com preço mais alto, que não vai necessariamente atender às suas necessidades”, afirma o dentista Heitor Panzeri, da ABO (Associação Brasileira de Odontologia).

Na dúvida, melhor pedir indicação do dentista. Mas, se ele não estiver de prontidão para responder à pergunta, vá às compras sabendo o que significa cada função discriminada pela embalagem do produto (leia mais no quadro abaixo).

“Em seu princípio, as pastas dentais são um ‘sabão’ aromatizado que têm a função de limpar os dentes. A partir daí, elas se diferem por meio da quantidade de flúor e de substâncias com funções específicas, como clarear ou diminuir a sensibilidade”, descreve o dentista Roberto Vianna, presidente da Federação Dentária Internacional.

Antes de decidir se a pasta escolhida deve ser levada para casa, procure pelo número de registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Além disso, para merecer confiança, a pasta deve apresentar o selo de aprovada pela ABO.

“Isso significa que ela foi analisada. A associação só emite o selo para os produtos que julga ser de boa qualidade”, diz Vianna. Tais atitudes significam segurança, afinal, é bom ter cuidado com o que se coloca na boca.


Reportagem publicada na Revista da Hora do dia 25/11/2007

Acerte na hora de socorrer o seu bicho

POR CLAUDIA SILVEIRA

Ter um animal de estimação, às vezes, é como cuidar de uma criança. Quando menos se espera, ele faz alguma travessura e se machuca. Nenhum profissional melhor que o veterinário para cuidar dos bichinhos em situações de emergência, mas o dono precisa saber como agir durante o socorro para diminuir o sofrimento do animal enquanto não chega ao hospital.

Mesmo que o animal não demonstre problemas após algum acidente mais grave e até esteja abanando o rabo, o melhor a fazer é levá-lo ao médico assim que possível. “O ideal é que ele fique 24 horas em observação para o veterinário avaliar se não há seqüelas graves”, orienta Mário Marcondes, do hospital veterinário Sena Madureira.

Para reconhecer se é algo grave ou não, só observando. Foi o que fez a relações-públicas Rosely Ribeiro, 42 anos. Um dia, quando chegou em casa, ela percebeu que havia algo errado com o seu poodle, Bife, que estava desanimado e vomitando muito.A dona logo suspeitou de que os sintomas tinham a ver com a faxina realizada na casa no mesmo dia.


“A faxineira diluiu um produto de limpeza na água, distraiu-se, e ele acabou bebendo”, conta. Bife foi ao médico, recebeu atendimento e voltou para casa são e salvo.Não importa a idade, é preciso ter cuidado com os animais de estimação, sobretudo os filhotes. “Eles têm a habi-lidade de uma criança de 10, 12 anos, mas o juízo de um bebê de colo”, diz o veterinário Eduardo Fava Schmidt, do hospital veterinário Rebouças.

Fios e peças de roupas espalhados pela casa podem ser uma armadilha. “Um dia, atendi a um filhote que tinha engolido um pano de chão”, relata Schmidt. Melhor que um bom atendimento de emergência é manter o bicho a salvo.


Reportagem publicada na Revista da Hora do dia 25/11/2007

26 de novembro de 2007

Entre amores e intrigas

POR CLAUDIA SILVEIRA

Entre os novos rostos de "Amor e Intri­gas", que a Record estreou na última ter­ça-feira, um deles promete: é o da atriz Cris Carniato, 29 anos, que dará vida à jovem Carol, uma designer de jóias re­cém-chegada dos Estados Unidos.


Es­treante em novelas, por pouco a atriz não foi para o teatro. Ela ficou entre as fi­nalistas do processo de seleção para o papel da mocinha do musical "Os Pro­dutores", de Miguel Falabella, mas não levou a vaga, que ficou com a atriz Julia­na Paes.

As primeiras cenas de Cris na novela estão previstas para ir ao ar no próximo sábado. Na trama, Carol é muito amiga de Christina (Gabriela Durlo), que namora Marcos (Guilherme Boury). O melhor amigo dele é João Prado (Léo Rosa), que namora Carol, mas é louco por Christina.

Por ter de gravar freqüentemente de biquíni, Cris estabeleceu uma rotina de exercícios para arrasar na areia. “Faço mais exercícios do que antes e corro de três a quatro vezes por semana. Mas não tenho muitos problemas porque sempre fui bastante regrada com a minha alimentação”, detalha.


Além do corpo, outra preocupação de Cris é com a voz. A atriz é apaixonada pela música, já cantou em uma banda de pop rock e chegou a morar um tempo no México por causa da música. Não é à toa que a bela chegou perto de estrear um musical.

Reportagem publicada na Revista da Hora do dia 25/11/2007